terça-feira, 2 de junho de 2009

Os Curie's

Os Curie's e suas mentes brilhantes

Marie Skłodowska e, mais tarde Madame Curie foi, sem sombra de dúvidas, o maior nome feminino da ciência. Sua capacidade intelectual sobresaiu-se, destacando-a como cientista numa época em que as universidades eram de domínio masculino.
Foi a primeira mulher a receber um prêmio Nobel e a única agraciada pela aquisição de dois Nobéis, ambos em áreas científicas.


Filha de um físico e de uma diretora de escola. Marie nasceu em Varsóvia (Polônia) , ainda na juventude mudou-se para Paris, onde quatro anos depois casou-se com o físico Pierre Curie (que lhe deu o nome pela qual é mais conhecida – Madame Curie). Marie e Pierre eram agnósticos e por isso optaram por casaram-se apenas numa cerimônia civil, sem uso de trajes nubentes e alianças. Dizem que ao invés disso, preferiram bicicletas para passear.


Foi junto do marido que Marie desenvolveu maior parte de suas experiências científicas no campo da radioatividade o que lhes rendeu, em 1903, o primeiro Nobel devido a pesquisas sobre o fenômeno da radioatividade espontânea. Premio tal que foi dividido com Henri Becquerel por suas também contribuições neste campo. Um equívoco eu diria, mas não foi assim que se sucedeu.
Oito anos depois (1911) Marie Curie, recebeu o prêmio Nobel em Química, pelo descobrimento dos elementos rádio e polônio.

Curiosidade: O nome rádio se deu devido a radiação e o segundo, polônio, em homenagem ao seu país de origem, a Polônia.
Em 1906, aos 47 anos, Piere Curie morre em decorrência de um acidente. Teve sua cabeça esmagada enquanto atravessava uma rua num dia de forte tempestade. Dizem as más linguas que o excesso de exposição a radiação teria causado transtornos mentais a Pierre.
Com a morte de Pierre, Marie o suscedeu na cadeira de Física Geral, na Sorbonne. Sendo assim, a primeira mulher membro de uma universidade.
Dizem também que, após a morte do marido Marie Curie teve um romance amoroso com o físico Paul Langevin, que era casado, resultando num escândalo jornalístico, que se misturou a referências xenófobas devido à sua ascendência polaca.
Pois é, físicos também amam. (risos).

Quinto Congresso Solvay (1927). Uma das fotografias mais importantes da história da ciência. Madame Curie entre os maiores nomes da física, como Albert Einstein.

Marie Curie faleceu em 1934, aos 67 anos, em decorrência de uma leucemia, provocada certamente por sua exposição excessiva a radiação, já que as conseqüências eram desconhecidas até então. Era normal ela dormir no mesmo ambiente em que estavam expostos elementos radioativos, para que não "perdesse" nenhum acontecimento acerca do material experimental em observação.

Em abril 1995, Marie e os restos de Pierre passaram a fazer parte do tesouro de Pantheon em Paris, França.

Da união Curie nasceram duas filhas: Irène Joliot-Curie e Ève Curie.

Madame Curie e as filhas (as 3 da direita)

Irène também dedicou-se a ciência.

Casou-se com Frèdèric Joliot, um físico francês e juntos recebram, em 1935 (um ano após a morte de sua mãe Marie), o Nobel em química devido aos seus trabalhos no campo da física nuclear e pela descoberta do nêutron.
Irène faleceu em 1956 aos 59 anos de idade.






Ève Curie, foi a única de sua familia a não receber o Nobel. Mas isso não a diminui, foi uma proeminente escritora, cuja biografia de sua mãe, teve adaptaçãos cinematográfica em 1943. Ève faleceu em outubro de 2007 aos 102 anos de vida.
Talvez o segredo da vitalidade de Ève se dê ao fato dela não ter dedicado sua vida a ciência, ao contrário dos pais e da irmã que tinham contato direto com elementos altamente radiativos.

Referência ao Curie
O Curie (Ci) é uma unidade de radioatividade correspondente a 3.7 x 1010 desintegrações por segundo. O nome da unidade foi originalmente atribuído, em homenagem a Pierre Curie.

A temperatura Curie (ponto Curie) é uma constante para cada material, sendo que acima deste valor há perda das propriedades ferromagnéticas da amostra. Este fenômeno é reversível, sendo que há recuperação dessas propriedades com o resfriamento do material. *

2 comentários:

Kátia Souza disse...

Oi sou eu denovo. Você escreveu sobre uma das mulheres mais formidáveis que já existiram. Minha admiração por ela já é um pouco antiga. É nela em que eu me espelho quando penso em sucesso profissional feminino.
ps.: que bom que você gostou do nome da sua pantufa.

BJUS da KIKA

Cacá Hewson Smith disse...

Oi Kika,

Com certeza Madame Curie foi uma grande mulher, ouso dizer o maior nome feminino do século 20. Um exemplo que merece ser seguido.

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