domingo, 31 de maio de 2009

A Mulher Prometida

Dica de cine oriental: A Mulher Prometida
Sinopse:
A Mulher Prometida (The Picture Bride). Baseada nas historias que ouviram de seus antepassados sobre as "noivas de fotografia", mulheres que deixavam o Japão para casar-se no Hawaii, com homens que conheciam apenas por foto. Esta e a historia da jovem e bela Riyo, casada com um homem bem mais velho, e que sonha em ter sua liberdade de volta, e sua amizade com Kana, que lhe ensina muito da vida local.
*
Elenco: Youki Kudoh, Akira Takayama, Tamlyn Tomita
*
Informações gerais:
Direção: Kayo Hatta
Gênero: Drama, Romance
País: Japão
Ano Original: 1994
*
Dificilmente se vê este filme, raramente o vi na TV, mas a trama é tão envolvente que torna-se inesquecível para quem o assiste.
*
CUIDADO - SPOILLER:
Após tornar-se órfã, jovem japonesa migra para o Havaí para casar-se com homem, com quem comprometeu-se por correspondência e na qual a fotografia muito lhe impressionou. Porém Riyo surpreende-se ao vê-lo pessoalmente, descobrindo que ele é bem mais velho do que consta na foto, já que a foto que ele lhe enviou era antiga.
Então, presa a um casamento na qual se sentia reprimida e contrariada começa a busca pela sua liberdade até um final surpreendente e encantador.
Vale a pena.
*
* Não encontrei imagens para este filme. Mas assim que as tiver postarei.
(fonte: moviemago)

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Todas as Manhãs do Mundo

Dica de cine Francês.


Sinopse:

Em pleno século 17, um músico da corte de Luiz 14 relembra sua introdução no mundo artístico supervisionado pelo seu rigoroso mestre de viola de gamba.

Informações:
Direção: Alain Corneau
Ano: 1991
País: França
Gênero: Drama/romance/musical

Elenco:
Jean-Pierre Marielle, Gérard Depardieu, Anne Brochet, Guillaume Depardieu, Carole Richert, Michel Bouquet, Jean-Claude Dreyfus, Yves Gasc, Jean-Marie Poirier, Myriam Boyer



Impressões:
Produzido na França, em 1991, o filme narra o aprendizado, em pleno século 17, de um músico da corte de Luiz XIV relembrando a sua introdução no mundo artístico, supervisionado por seu rigoroso mestre da viola de gamba.
A música rege cada palavra de Todas as manhãs do mundo. E o espírito barroco, com seus claros/escuros, dá forma à história do encontro entre o mestre apolíneo e o discípulo dionisíaco, que se irmanam na busca da essência da música. De um lado, a disciplina e a morbidez, de outro a voluptuosidade e o gosto pela vida mundana, com suas glórias e riquezas.

Estamos em 1650. Época de Luís XIV, com suas perucas barrocas e rostos empoados. O senhor de Saint Colombe, o maior violista da França, sofre uma grande perda e se afasta do mundo, isolando-se numa cabana nos jardins de sua propriedade, nos arredores de Paris. Seu único prazer é a viola de gamba, que ele revoluciona ao acrescentar mais uma corda ao instrumento e mudando até a forma de segurá-lo. A viola, parente próxima do violoncelo, era então o instrumento predileto das cortes francesas e inglesas.
Depois de insistentemente desprezar os convites para se unir aos músicos da corte, o virtuose aceita apenas um discípulo, o filho de um sapateiro, chamado Maran Marais, que acabaria aclamado como um gênio renovador da viola de gamba.

O filme Todas as Manhãs do Mundo, estrelado por Gérard Depardieu e seu filho Guillaume, despertou comoção na França, à época do seu lançamento, assim como a sua trilha sonora, que reúne antigos solos de viola da gamba. Foi vencedor do prêmio César – Oscar francês - de melhor filme e melhor diretor, em 1992.

Belíssimo filme com também belíssimas fotografias. Vale conferir a raridade.
*

(fonte: brasil fator)

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Orgulho e Preconceito BBC

Orgulho e Preconeito (BBC - 1995)
Depois que assisti a adaptação de 2005 de Orgulho e Preconceito (a obra homônima de Jane Austen), minha visão de literatura, filme e crítica mudou. E virou uma legítima correria desesperada em busca das adaptações Austenianas, dos livros, legendas, traduções... Até um ponto em que falar de Austen se tormou comum nos papos desvairados de msn, Orkut. E, neste universo paralelo de pessoas que amam a literatura e fazem dela seu momento de lazer, conheci muita gente interessante, fiz amizades sinceras...

Ainda quero falar sobre isso qualquer dia desses.

Foi então, que uma amiga me presenteou com uma gravação da série televisiva adaptada em Orgulho e Preconceito.
Assisti aos 4 capítulos numa única tarde e me apaixonei ainda mais.
Feita pela emissora inglesa BBC, foi ao ar em 1995 e obteve sucesso estrondoso. Dizem que até os membros do parlamento terminavam suas sessões mais cedo para que não perdessem os episódios. E eu acredito, afinal esta adaptação de Orgulho e Preconceito é considerada até hoje a mais fiel em relação ao livro da escritora inglesa do século 18. E eu, que já li o livro e assisti a outras adaptações estou de comum acordo.
Claro que não se justifica uma boa adaptação apenas espelhando-se nas semelhanças com a obra original. O que quero dizer é que a série é bastante fiel ao livro e isto deixa os fãs da escritora mais satisfeitos. Acredito. Mas também temos grandes interpretações que frizam ainda mais este status.

Na série, Colin Firth dá vida e movimento ao arrogante Mr. Darcy enquanto Jennifer Ehle recria a espirituosa Elizabeth Bennet.

Mr. Darcy e Elizabeth Bennet

Ótimas escolhas, se não fosse o padrão "idade dos atores". Firth já tinha passado dos 30 anos há algum tempo, quando interpretou o jovem Darcy de 28 anos, enquanto Jennifer já tinha 26 anos quando interpretou a recém pós-adolescente Elizabeth Bennet, com então 19 anos.
Mas não foram somente estes atores que estavam meio passados para o papel. Em geral todo o elenco tinha esta característica. Este seria um ponto negativo. Outro ponto que também diria negativo, foi a maquiagem muito carregada em alguns atores. Seja para deixá-los mais jovens ou para deixá-los mais velhos.

Jennifer Ehle como Elizabeth Bennet

Mesmo assim, isto não desmerece a adaptação. Quem ama os romances, certamente nem vai notar estes detalhes. Perdoem-me por ser tão crua as vezes. É meu jeito. (risos)

Com fotografias deslumbrantes, lindas cenas de dança, figurinos, cenários... Tudo deixa a série muito envolvente.

Mr. Darcy por Colin Firth

Foi o Mr. Darcy de Colin Firth que eternizou a cena do banho no lago. Nesta cena, Mr. Darcy decide refrescar-se dando um mergulho no lago de sua propriedade. Ao sair, com a camisa molhada deixando transparecer seu definido peito moreno, encontra-se, ao acaso, com Elizabeth Bennet e acontece um certo constrangimento entre eles.

Tal cena não consta no livro, mas foi tão bem captada pelos atores que é muito bem aceita até mesmo pelos fãs mais fervorosos. (Só para não dizer que foi aceito pelo fato de que ver Colin quase sem camisa não faz mal a ninguém, ao contrário, faz um bem danado.)

Mr. Darcy depois do mergulho no lago.

Ambientada no século 18, precisamente em 1797, O&P trabalha muito bem as impressões, os constrangimentos, as obrigações e padrões da sociedade inglesa da época. A crítica ao casamento como uma transação comercial, a ideologia do amor matrimonial, da disputas dos bens, a posição da mulher numa sociedade de dominio masculino... Tudo é evidente na obra de Jane Austen e tratado de forma coesa, leve, irônica e elegante. Pois Austen, que viveu nesta época, sabia muito bem o que estava falando, ou melhor, escrevendo.

Orgulho e Preconceito transmite a idéia de que as construções precipitadas que fazemos a respeito das outras pessoas podem nos fazer perder relações importantes. Dito e feito:

-Elizabeth mordeu a língua ao se apaixonar justo pelo homem que ela não admirava, pois seu orgulho havia cegado seus olhos e calado seu coração. Darcy, por sua vez, rico e arrogante, teve que engolir todo seu preconceito e admitir que Elizabeth era a mulher que ele amava, mesmo ela não pertencendo a mesma classe social que ele e indo assim, de encontro a todas as expectativas de sua familia.

E aí fica a crítica de J.P. Coutinho: "Primeiras impressões todos temos e perdemos. Mas o amor só é verdadeiro quando acontece à segunda vista."

O que mais admiro na obra e então na série que captou isto muito bem, é ver que O&P não gira somente em torno do amor de Elizabeth Bennet e Mr. Darcy, mas tem este como o suporte, como o marco inicial para que todas as demais situações, críticas e construções aconteçam. E assim, temos um romance com grande entrosamento entre os personagens e com desfecho surpreendente. Sim, surpreendente, pois Austen consegue encaixar um final feliz para cada um dos personagens, conforme o merecido, é claro.

Isto já bastaria para provar a grandiosidade de Austen como escritora e entender por que Orgulho e Preconceito é uma das obras mais aclamadas da literatura inglesa e que, mesmo depois de quase 200 anos de sua publicação, suas adaptações ainda encantam platéias do mundo todo.

A Dança dos Vampiros


Sinopse

Ambrosius (Jack MacGowran) é um professor universitário especialista em vampiros que decide ir até a Transilvânia, no coração da Europa Central, acompanhado de seu fiel discípulo Alfred (Roman Polanski), que infelizmente é bem medroso. Abronsius tem como objetivo aprender sobre vampiros e combatê-los, se possível, mas os fatos tomam um rumo inesperado e vão de encontro aos objetivos do professor.



Informações Gerais:

Título: A Dança dos Vampiros
País de Origem: Inglaterra
Gênero: Comédia
Tempo de Duração: 98 minutos
Ano de Lançamento: 1967
Direção: Romam Polanski

A primeira vez que assisti a este filme, foi numa época em que a Globo passava, nas madrugadas de sábado, clássicos do cinema. Era divertido e eu virava a noite vendo TV.

Bem , isto faz bastante tempo, ou eu que não tenho assistido a Globo há mais tempo ainda. Fica a dúvida. (risos) Qualquer dia desses voltarei a espreitar as madrugadas Globais, para ver o que anda passando por lá.

Eu sei, vocês devem estar achando estranho eu falar de um filme que aborda o vampirismo como tema central quando há tão pouco critiquei negativamente Crepúsculo.


Explico: Sempre gostei de vampiros no cinema, nos livros, em quadros e etc... A imagem do vampiro como aquele ser noturno e cheio de mistério sempre me fascinou, mas não gosto da forma como Crepúsculo trabalhou esse tema. Só isso.

Mas voltando...

Foi com este filme que vi, pela primira vez, um trabalho do Romam Polanski e ainda tive a sorte de ser este em que ele dirige e atua exercendo ambos os trabalhos de forma magnifica deixando explícito que o velho ditado: "quem manda melhor faz." Se aplica sim a vida real.
Depois deste filme, Polanski virou um vício para mim. Ainda voltarei a falar dele por aqui.



A Dança dos Vampiros (1967) é uma raridade, nunca encontrei-o disponível em locadoras e na TV é muito pouco visto. Caso você tenha a oportunidade de assisti-lo. Assista-o, pois vale a pena.


A abertua do filme já denota uma cor intensa. Ao fundo uma música profunda e melancólica.
Enquanto as letras com os nomes do elenco surge na tela, vai respingando gotas de sangue sobre esses. Na vez em que o nome de Sharon Tate aparece, o respingo ganha a forma de um sorriso. Obvio, Sharon seria a esposa de Roman posteriormente e se eles ainda não namoravam nesta época, já estavam meio entrosados. Acredito eu.
O filme é classificado como comédia, mas não é um filme de fácil riso. É uma comédia de humor sarcástico, ambientada sob um clima sombrio e de suspense onde o frio e as sombras ajudam a compor os belos cenários desta película.

Ao longo do filme são poucas as falas, em geral substituídas por gestos, expressões e movimentos.
Alfred (Polanski), apesar de ser o discípulo de Ambrosius, é um sujeito medroso e isso fica bem saliente com suas falas num murmuro lento e constante. Olhar saltitante. Corpo trêmulo. Mesmo assim, é ele que tem o primeiro contato com os vampiros e não seu mestre que está a caça dos seres noturnos e daria tudo para ter contato com um deles.
Em meio a essa busca pelas criaturas vampirescas, Alfred apaixona-se por Sarah (Sharon Tate), a filha do dono da pousada onde eles se hospedam quando chegam a Transilvânia. Ele desespera-se ao vê-la sendo mordida pelo Conde Von Krolock e, a seguir, sequestrada pelo mesmo até sua assombrada morada: Um castelo na colina. Assim, a expedição ao castelo ganha, para Alfred, mais um motivo, que eu diria até bastante passional. Pois ele só sossega quando consegue encontrar Sarah. Embora seja tarde demais.
No castelo, muitas cenas de comédia acontecem, tais como :Perseguições, confusões, descobertas e é claro algumas cenas assustadoras.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Orgulho e Preconceito

...Uma História de amor que virou vicio

Para mim, é dificil falar de literatura inglesa sem mencionar Jane Austen (1775 - 1817) e sua mais aclamada obra: Orgulho e Preconceito (1813).

Meu primeiro contato com a escritora começou quando, ao acaso, na locadora me deparei com a

capa do DVD da adaptação de 2005 dirigida por Joe Wright. Já de cara a belíssima fotografia da capa me impresionou: "Elizabeth Bennet (Keira Knightley) e seu belo nariz num proposital perfil como se desprezasse e ao mesmo se entusiasmasse com a chegada voluptuosa de Mr. Darcy (Matthew Macfadyen), ao longe."

Orgulho e Preconceito é regado com muita leveza do inicio ao fim e apresenta um frescor que nos leva direto para a Inglaterra do século 18.

A atmosfera de emoção é tanta que ao terminar o filme fica em nós um certo vazio, sensação de estória inacabada, pois os personagens "grudam" em nossa memória como se suplicassem para que a obra nunca acabasse. Interessante.

A produção fez bom uso das belas paisagens rurais inglesas e deu a O&P ótimas fotografias. Outro ponto forte da pelicula são as cenas de dança e a excelente trilha sonora do italiano Dario Marianelli.

Todos esses ingredientes não poderiam resultar em outra coisa que não fosse um filme delicado, bonito e envolvente.


(fotos: Adorocinema, Interfilmes)
*
Depois do filme, li o livro e assisti a adaptação de 1995 feita pela BBC. Uma mini-serie em 4 capítulos. Resultado: Virei fã.


segunda-feira, 25 de maio de 2009

Nosferatu ( Uma sinfonia de Horrores)

... Dica de Cine Cult para uma dia qualquer...


Para quem curte cine cult recomendo assistir o clássico do expressionismo alemão Nosferatu - Uma sinfonia de Horrores (1922)



Sinopse
Em 1838, Hutter (Gustav von Wangenheim), agente imobiliário que mora em Wisborg, atravessa os Montes Cárpatos para vender uma casa em sua vizinhança ao proprietário de um castelo no Mar Báltico, o excêntrico conde Graf Orlock (Max Schreck), que na verdade é um milenar vampiro que, buscando por mais sangue, quer se mudar para a Alemanha. Ao chegar na propriedade que comprou, ele traz consigo grande terror e os habitantes acham que estão sendo vítimas da peste. A única que pode salvar as pessoas dos ataques do vampiro é Ellen, a esposa de Hutter, visto Orlock se sentiu atraído por ela.



Baseado na Obra de Bram Stoker, é talvez a adaptação mais fiel relacionada a lenda vampiresca. Teve que ter o nome de seus personagens alterados devido a problemas com os direitos autorais. Falando mais abertamente, os herdeiros de Stoker não permitiram o uso da obra.

Vale o aviso, se você for assistir Nosferatu achando que vai se deparar com vampiros sedentos, sangue escorrendo pelo pescoço, punhos... Vai se decepcionar. Nosferatu tem clima gótico, sombrio e ambientado em pesadelos e sonhos ruins.
Gira em torno do Conde Orlock, interpretado magistralmente por Max Schreck.
A escolha do ator não poderia se melhor. Max Schreck e sua "natural" ausência de beleza ajudou a compor a imagem aterroriante do Conde Orlock, uma criatura pestilenta, doentia e estranha. Esguio, magricelo, dentes frontais mais afinados e compridos, orelhas pontudas, andar lento e olhar calculista. Uma típica criatura noturna e horripilante.


O nome do filme faz justiça, Nosferatu é uma palavra moderna derivada da palavra em eslavo antigo Nosufur-atu, extraída do grego Nosophoros, Portador de Pragas." - J. Gordon Melton.


(fontes: Wikipedia, telacritica,boca do inferno)

Procure e Encontre